Veja Como Proteger Seus Ativos Digitais ante a Alta de Ataques a Criptomoedas
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Criminosos roubaram mais de US$ 2 bilhões (R$ 10,88 bilhões) em criptomoedas neste ano. O comprometimentos de carteiras pessoais representa uma parcela crescente de ataques. Sequestros violentos, invasões e violações de dados dominaram as manchetes sobre criptomoedas nos últimos meses.
Em março, um grupo de hackers norte-coreano conhecido como Lazarus Group roubou US$ 1,5 bilhão (R$ 8,16 bilhões) em tokens da corretora de criptomoedas Bybit, sediada em Dubai, no maior roubo da história das criptomoedas.
Desde janeiro, criminosos conseguiram roubar mais de US$ 2,17 bilhões (R$ 11,81 bilhões) em criptoativos, de acordo com um relatório publicado pela empresa de análise forense de blockchain Chainalysis, sediada em Nova York. Mas os ataques menores e mais frequentes, que têm como alvo usuários comuns, muitas vezes são ignorados.
Segundo dados da Chainalysis, a recente onda de ataques a criptomoedas coincide com a alta do preço do bitcoin, que recentemente chegou a US$ 120.000 (R$ 652.800) e subiu mais de 90% nos últimos 12 meses.
“O motivador é o sinal de preço, ou o volume de riqueza que se acredita estar ali”, disse um porta-voz da empresa, que pediu para permanecer anônimo devido ao assunto.
Com centenas de tokens, de Solana a Dogecoin, sendo negociados em valores altíssimos, totalizando US$ 4 trilhões (R$ 21,76 trilhões), a indústria de criptomoedas apresenta uma grande oportunidade para criminosos. Se a tendência continuar, pesquisadores preveem que as perdas podem chegar a US$ 4 bilhões (R$ 21,76 bilhões) até o final do ano.
A natureza descentralizada, imutável e amplamente anônima das transações de blockchain torna os fundos roubados notoriamente difíceis de recuperar, produzindo uma relação risco-recompensa atraente para os criminosos, afirma Rishi Baviskar, chefe global de consultoria de risco cibernético da Allianz em Londres.
Embora brechas de segurança em corretoras de criptomoedas sejam às vezes exploradas por criminosos, o comprometimento de carteiras pessoais é responsável por uma proporção crescente de roubos no setor. “Você pode cometer um pequeno erro e seu dinheiro se perde irremediavelmente”, afirma Riad Wahby, CEO da empresa de segurança digital Cubist, com sede em San Diego, e professor de engenharia da computação na Universidade Carnegie Mellon.
A proteção de carteiras e o gerenciamento de chaves são duas das áreas mais vulneráveis, afirma Jim Reavis, especialista em segurança de blockchain e cofundador e CEO da organização sem fins lucrativos Cloud Security Alliance, sediada em Seattle. Ele recomenda o uso de uma carteira de hardware, um dispositivo físico frequentemente comparado a um pendrive que protege chaves de criptomoedas offline.
Essas chaves privadas, compostas por um conjunto secreto de letras e números, podem ser consideradas uma senha para proteger seus fundos de criptomoedas. Embora os métodos de armazenamento a frio exijam um certo grau de perspicácia técnica, ele afirma que a autocustódia usando carteiras de fabricantes como Ledger e Trezor pode “mitigar algumas das backdoors que as pessoas podem encontrar nas diferentes corretoras”.
Outra opção para investidores que buscam exposição segura e indireta a criptoativos pode ser comprar ETFs por meio de corretoras. Atualmente, existem dezenas de fundos de criptomoedas disponíveis, embora a maioria acompanhe bitcoin e ether, as duas maiores criptomoedas, tanto no Brasil quanto no exterior.
No caso dos Estados Unidos, o maior deles é o iShares Bitcoin ETF (IBIT) da BlackRock, com mais de US$ 80 bilhões (R$ 435,2 bilhões) em ativos, mas há uma série de novos fundos baseados em ether, incluindo o Ethereum Fund (FETH) da Fidelity, que possui cerca de US$ 2,5 bilhões (R$ 13,6 bilhões) em ativos.
Esses veículos de investimento regulamentados permitem que os investidores se beneficiem do potencial financeiro do ativo sem herdar tanto risco ou precisar se preocupar com questões de custódia.
Outras opções
A outra opção seria recorrer a plataformas para uma experiência mais convencional, semelhante à de um banco, que exige login e senha padrão para acessar e transferir ativos. Embora as exchanges possam ser vulneráveis a hacks, as respeitáveis geralmente têm protocolos de segurança e respostas a incidentes decentes.
No entanto, mesmo nessas plataformas geralmente seguras, Wahby alerta que “ainda é muito fácil ser induzido a fazer coisas erradas”.
Em maio, a Coinbase relatou uma violação de dados de US$ 400 milhões (R$ 2,176 bilhões) na qual hackers roubaram informações pessoais de dezenas de milhares de usuários da Coinbase, convencendo agentes de atendimento ao cliente a compartilhar registros confidenciais.
Os usuários também devem estar atentos a golpes comuns com criptomoedas. Ataques de endereços falsos, nos quais golpistas usam endereços de carteira falsos para enganar os usuários e roubar seus fundos, estão se tornando mais comuns, de acordo com Baviskar. Além disso, sites obscuros que carregam malware podem colocar suas chaves privadas em risco.
No geral, Reavis ressalta a importância de encontrar uma abordagem de segurança multicamadas, equilibrada por dois interesses frequentemente conflitantes: a tolerância ao risco de cada pessoa e sua necessidade de conveniência.
Por exemplo, usar um cartão inteligente como o YubiKey ou o Titan Key do Google para autenticação multifator é aconselhável do ponto de vista da segurança, mas pode ter uma classificação mais baixa na escala de conveniência.
Os cartões, que exigem uma senha para operar, contêm chaves criptográficas que um computador pode então ler para autenticar um usuário. Embora sejam quase impossíveis de comprometer, podem não ser uma solução pragmática para todos, como para day traders que precisam executar transações rápidas.
Outras práticas recomendadas de segurança incluem diversificar grandes quantias de ativos entre plataformas e nunca divulgar publicamente seus ativos em criptomoedas.
“As soluções [de segurança] estão todas disponíveis”, diz Reavis. “Mas também é sempre uma luta contra a conveniência que as pessoas buscam.”
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